A Agência Internacional de Energia (AIE) anunciou que a procura global de petróleo, gás natural e carvão atingirá o seu pico em 2030. No entanto, essa redução não será suficiente para limitar o aumento das temperaturas globais a 1,5 graus Celsius, como é necessário para evitar os impactos catastróficos das alterações climáticas. A poluição causada pelo setor energético também atingirá o seu máximo na próxima década, de acordo com a AIE.
O diretor executivo da agência, Fatih Birol, afirmou que está surgindo uma nova economia de energia limpa em todo o mundo, o que é uma razão para ter esperança. No entanto, os cientistas alertam que é necessário reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa a zero até 2050 para cumprir o limite de 1,5 graus Celsius.
Desde a publicação do relatório “Net Zero Roadmap” em 2021, houve um crescimento recorde na capacidade de produção de energia solar e um aumento nas vendas de veículos elétricos. A energia solar se tornou a principal fonte de energia elétrica em muitos mercados, substituindo o carvão.
No entanto, alcançar o objetivo de limitar o aquecimento global é uma tarefa desafiadora. Seria necessário reduzir em 25% a demanda por combustíveis fósseis até 2030, e os investimentos em energia limpa teriam que mais do que dobrar.
A AIE destaca a importância da captura, utilização e armazenamento de carbono, bem como da energia baseada em hidrogênio e biocombustíveis para alcançar o objetivo de 1,5 graus Celsius. Os líderes mundiais se reunirão na COP28, no final de novembro, para avaliar o progresso global na luta contra as alterações climáticas.
Apesar desses desafios, alguns produtores de combustíveis fósseis continuam ignorando os apelos para parar novos projetos de petróleo e gás. A suspensão desses investimentos foi criticada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que afirma que isso levaria ao caos energético. Os preços do petróleo têm subido recentemente devido à redução da oferta por parte da OPEP e da Rússia.