Ativistas solidários unem-se em Oeiras para apoiar colegas detidos

Ativistas que planejavam uma marcha pelo clima na Cidade Universitária de Lisboa decidiram mudar o local do protesto em solidariedade aos jovens detidos na quinta-feira. A marcha agora acontecerá em frente ao Ministério Público de Oeiras. Em um comunicado, os ativistas reforçaram que a manifestação tem como reivindicações o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e a eletricidade 100% renovável e acessível até 2025. Segundo Beatriz Xavier, porta-voz do protesto, as detenções mostraram que o governo prefere reprimir e ignorar os jovens ao invés de aceitar a ciência e criar um plano para uma transição justa. Os estudantes afirmam que não haverá paz neste semestre até que o governo declare que este será o último inverno com gás. Além disso, convocam uma série de ações estudantis pelo fim dos combustíveis fósseis a partir de 13 de novembro. A organização da marcha também alertou para os desastres climáticos cada vez mais extremos e criticou o governo por ignorar os avisos da ciência climática. A PSP deteve 16 ativistas por desobediência e identificou outros três jovens por participarem do protesto. A polícia abrirá um inquérito interno para investigar as circunstâncias dos protestos.

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