Milena enfrentou uma dívida de centenas de euros para pagar uma fuga na bomba de gasolina onde trabalhava.
A fuga de um veículo roubado ocorreu durante o dia em um posto de gasolina na A21, Malveira, Lisboa. Por volta das 16:00, um cliente abasteceu o carro e encheu jerricãs, mas, ao parar, saltou para a mala do veículo. Enquanto isso, um cúmplice escondido no banco do motorista acelerou e fugiu com o carro.
A gerente do posto exigiu que a funcionária pagasse os 320 euros do prejuízo, causando-lhe grande dificuldade financeira.
O incidente ocorreu em junho do ano passado numa concessionária da BP, mas, segundo o Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), não é um caso isolado. Cláudia Pereira, sindicalista e ex-trabalhadora de uma gasolina em Aveiro, relata que trabalhadores frequentemente enfrentam roubos e são forçados a pagar os prejuízos.
Após a fuga dos assaltantes, Milena seguiu todos os procedimentos: primeiro, notificou sua superior para registrar o incidente no sistema, na esperança de rastrear os ladrões pela matrícula se eles fossem parar em outro posto. Em seguida, chamou a polícia e descreveu os suspeitos e o veículo. No entanto, descobriu-se que a matrícula era falsa e não correspondia ao carro. Até hoje, os assaltantes não foram encontrados e Milena teve que arcar com o custo da fuga.