No recurso apresentado ao Tribunal da Relação, o ator da SIC, Ivo Lucas, argumenta que existem dúvidas sobre qual dos embates do veículo causou a morte de Sara.
Ele atribui a culpa a outro condutor. Além disso, alega que a autópsia não fornece uma conclusão definitiva sobre o incidente.
Ao longo de mais de 50 páginas, o advogado que representa Ivo Lucas explica os motivos pelos quais o seu cliente deve ser ilibado ou, em última análise, submetido a uma nova apreciação pelo tribunal no caso que o colocou no banco dos réus. Como condutor, Ivo Lucas foi responsabilizado pela morte de sua namorada na época, Sara Carreira, em consequência de um trágico acidente de viação ocorrido na A1 em 5 de dezembro de 2020.
A defesa de Ivo Lucas argumenta que houve uma subvalorização do terceiro embate causado por Tiago Pacheco, visto que o ator também estava na viatura no momento do segundo embate e sobreviveu, sem explicação clara. Comparando os eventos, afirmam que Ivo Lucas sofreu um choque frontal na viatura da arguida Cristina Branco e sobreviveu, com a única diferença sendo o segundo embate que ocorreu no caso de Sara Carreira. Este segundo embate foi causado pela viatura de Tiago Pacheco, que circulava a pelo menos 146,35 km/h.
Ivo Lucas foi condenado por homicídio negligente na forma grosseira, recebendo uma pena suspensa de dois anos e quatro meses, além de um ano de inibição de condução. Durante a leitura da sentença, a juíza Marisa Ginja considerou todos os envolvidos culpados. Os outros réus receberam penas suspensas, variando entre um ano e quatro meses e três anos e quatro meses. A juíza destacou a ausência de nevoeiro na noite do acidente e criticou o teste de álcool realizado em um dos réus, considerando-o incompreensível devido ao tempo decorrido entre o acidente e o teste.